domingo, 18 de novembro de 2012

Libertação Emocional

Eu não tenho sorriso
Procuro atenção
Procuro esperança
para libertar meu coração!

São fraturas que não têm cura
Por palavras que machucam.
Verdadeiro desprezo
Mau trato emocional.

Me usaram
e abusaram.
Tentaram me calar.
Hoje tive a oportunidade
Para poder desabafar
Recuperando o que perdi
Agora cresci
Posso repassar
O que é carinho de verdade!


(Texto do aluno Lucas Ítalo Lima Carvalho, 2º colocado no concurso "Carinho de verdade", de iniciativa do CREAS, pelo debate acerca da violência sexual infantil).

sábado, 17 de novembro de 2012

A LUTA PELA VIDA

O mundo hoje está vivendo uma incerteza preocupante: será que haverá futuro? Isso não se sabe. A certeza é que precisamos tomar uma atitude rápida para reverter essa situação.
A natureza é vida, mas nós estamos acabando com ela e, conse-quentemente, conosco mesmos. Ela nos ofereceu tudo de bom e do melhor, mas a nossa resposta a ela foi a destruição, acabando com a vida de vários seres vivos. As pessoas desmataram, poluíram, destruíram, tirando assim a beleza existente do espaço, para satisfazer, de forma egoísta e consumista, nossas próprias necessidades. A essa altura, a atitude mais inteligente seria um movimento de cooperação. Todos juntos, lutando pela vida.
Um exemplo de cooperação, são as cooperativas de reciclagem, que transformam o que foi descartado, ganham seu sustento e ajudam a natureza. Sabemos que as cidades estão crescendo, mas é preciso ter a consciência de que o futuro depende dela - a natureza. A vida deve ser sustentável, pegamos e devolvemos.
O mundo é repleto de pessoas, isso quer dizer que é possível reverter essa situação crítica, basta nos juntarmos e estarmos em completa união, unidos pela vida.
A evolução está firme e forte, abrindo portas para o crescimento, mas por que não um crescimento sustentável? Cortamos, replantamos, tornando o ambiente mais sustentável, como se fosse um empréstimo que a natureza nos oferece.


A corrida agora é contra previsões de fim de mundo, é hora de agir. Cooperação e sustentabilidade são possibilidades precisas para um mundo que pede socorro. A escolha é nossa e o agradecimento será de nós mesmos, e das futuras gerações, porque no presente fomos espertos, inteligentes e além de tudo, conscientes.

(Texto feito pela aluna Katiele de Jesus Santana, do 8º ano/7ª série, vencedor da categoria dissertação na série, em 2011, sob o tema "Cooperativas constroem um mundo melhor", evento que premia, de iniciativa da empresa UNIMED EXTREMO SUL/BA).

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O PROFESSOR E O PLANEJAMENTO EDUCACIONAL



O professor é, certamente, a figura que instiga e proporciona ao estudante as mais diversas possibilidades de discussões e buscas de afirmação dos princípios das suas pesquisas e questionamentos. É o profissional que traz em si a competência de absorver e oferecer caminhos aos anseios, conflitos de ideias e sede intelectual de seus alunos.
CHALITA (2004) descreve esse profissional como “a alma de qualquer instituição de Ensino”. Segundo esse autor, nenhuma máquina jamais substituirá o professor. Dada a importância de tal profissional na Academia, é preciso frisar também a sua incumbência.
Segundo o artigo 13 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), além de zelar pela aprendizagem dos alunos, trabalhar uma forma de recuperação em caso de baixo rendimento dos mesmos e ministrar os dias letivos, é função do professor “Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino”.
Não só com relação ao professor, mas o planejamento é parte essencial da vida de qualquer ser humano e está presente no dia-a-dia das pessoas. Ao acordar, qualquer pessoa é capaz de Traçar metas para o fim de seu dia, ainda que de forma natural. Pensa em como agir, que atitudes tomar, de que forma poderá se beneficiar, etc. Segundo MARTINEZ; LAHORE (1977, p. 11),
Entende-se por planejamento um processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego dos meios materiais e dos recursos humanos disponíveis, a fim de alcançar objetivos concretos, em prazos determinados e em etapas definidas, a partir do conhecimento e avaliação científica da situação original.

Cabe ressaltar que, neste breve texto, não se pretende abordar todos os níveis de planejamento, mesmo porque, como aponta GANDIN (2001, p. 83),
é impossível enumerar todos tipos e níveis de planejamento necessários à atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa humana condenada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de planejamento, está sempre ensaiando processos de transformar suas idéias em realidade. Embora não o faça de maneira consciente e eficaz, a pessoa humana possui uma estrutura básica que a leva a divisar o futuro, a analisar a realidade a propor ações e atitudes para transformá-la.
Do mesmo modo que há o planejamento pessoal, assim também há o planejamento profissional, que requer bastante atenção na elaboração e execução de planos, para conseguir obter objetivos em prazos estabelecidos. Através do planejamento, há a possibilidade em se estabelecer, com maior exatidão, os objetivos, determinar a metodologia a ser utilizada e fixar a duração das tarefas a serem desenvolvidas. Daí a importância de o professor planejar suas aulas e do estabelecimento de ensino primar para que se cumpra o planejamento.
Desse modo, é, portanto o planejamento indispensável. Planejando se evita a improvisação, que, no contexto da sala de aula, pode ser enriquecedora e, por vezes, necessária, mas jamais prescinde o planejamento. Ao planejarmos, antecipamos o que haveremos de realizar e, consequentemente, agimos segundo o estabelecido. Conforme nos ensina VASCONCELOS (2002, p. 34): “ajuda a concretizar aquilo que se almeja (relação teoria-prática)”.
Através de projetos, a educação permite promover nos alunos a busca pelo conhecimento, por meio da problematização, associando-o a vida prática bem como o disseminando em seu meio. Dessa forma, professor/ aluno ao problematizarem a realidade, irão elencar pontos-chave e levantar hipóteses em relação à causa do problema, partindo daí para a busca de fontes que abordem a problemática, para refletir sobre os aspectos relacionados e sistematizar as informações técnicas e científicas, onde serão ponderados quais hipóteses podem ser aceitas ou refutadas.
Há vários tipos de planejamento no âmbito da educação, dentre os quais, é importante citar alguns. Há o planejamento Operacional, que tem sua expressão nos projetos, sendo tarefa dos administradores, em que o foco é o presente, momento de execução para solucionar problemas.
A preocupação fundamental do planejamento Político-Social está em definir fins, procurar idealizar visões globalizantes e de eficácia, servindo para circunstâncias de crise e em que a proposta é de transformação, em médio prazo e/ou longo prazo. "Tem o plano e o programa como expressão maior" (GANDIN, 1994, p. 55).
Conforme já citei acerca do papel do professor, há o planejamento de ensino, que é o processo de decisão sobre atuação concreta dos docentes, no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e alunos e entre os próprios alunos. Na opinião de Sant'Anna et al (1995, p. 19), esse nível de planejamento trata do "processo de tomada de decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem".
O planejamento de ensino do professor deve estar em consonância com o planejamento Escolar, que é o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição.
Há ainda o planejamento Curricular, que consiste no "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56).
Por último, e não menos importante, há o planejamento Educacional, que é o processo contínuo que se preocupa com o “para onde ir” e “quais as maneiras adequadas para chegar lá”, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo.
 Para VASCONCELLOS (1995, p. 53), "o planejamento do Sistema de Educação é o de maior abrangência (entre os níveis do planejamento na educação escolar), correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual e municipal", incorporando as políticas educacionais.
O planejamento educacional abrange e norteia todo o processo educacional, sendo instrumento diretivo, estabelecendo e determinando grandes urgências, indicando prioridades básicas, enfim, tudo quanto for necessário para a consecução das metas da Educação e fica a cargo das autoridades educacionais, cabendo, portanto, aos órgãos: Ministério da Educação, do Conselho Nacional da Educação e dos órgão estaduais e municipais.
Partindo das considerações acerca do assunto, fica evidente que o Planejamento como um todo permeado de reflexão, de decisões conjuntas, torna-se um processo de racionalização e coordenação da ação escola, consequentemente, da ação docente, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade quanto às do indivíduo.

Referências


BAFFI, Maria Adelia Teixeira. O planejamento em Educação: revisando conceitos para mudar concepções e práticas. Petrópolis, 2002. Disponível em <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/fundam02.htm>. Acesso em 25, julho, 2010.

BRASIL, Lei N. 9394 de 20.12.96 – estabelece diretrizes e bases da educação nacional. DOU de 23.12.96.
CHALITA, Gabriel. Educação: A solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2004.
GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: Projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2002.